sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Jogo Sujo: O mundo secreto da FIFA

Não teria como eu não postar aqui o assunto e o livro que tem percorido nestes últimos dias parte do meio futebolístico. Infelizmente não é um livro que percorre as arquibancadas, até porque nestas o que percorre são as paixões exacerbadas e o pensamento acrítico, e também porque grande parte da mídia nacional finge em não haver problema algum nas duas entidades controladoras do futebol no mundo e aqui no Brasil (FIFA e CBF). Isto porque a grande mídia nacional, Joseph Blatter, Ricardo Teixeira e João Havelange sentam a mesma mesa. Paixão no futebol só existe mesmo é no torcedor que está alheio a tudo isto, para os figurões a paixão é pela articulada e emaranhada rede de poder e de política (embora essas não encontram separação entre si). No último dia 26/10, o jornalista britanico e autor do livro Andrew Jennings, foi convidado a participar de audiência pública na comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. Segundo o próprio jornalista, existem denúncias que fariam "corar" a máfia italiana. Vamos aguardar o desenvolvimento deste episódio, e qual grande mídia vai se pronunciar.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Liderança: As lições de Mourinho

Não sendo um lançamento tão recente, chegou em minhas mãos através de meu amigo Luiz Parise, mais um livro em que José Mourinho é ator principal. Depois da edição de: "Mourinho - porquê tantas vitórias", tive acesso ao livro de Luis Lourenço juntamente com Fernando Ilharco: "Liderança - as lições de Mourinho" (Editora: Booknomics -  1a. edição em 2007, e 2009 data do livro que recebo ja está na sua 8a. Edição). Tese de mestrado que atingiu nota máxima em sua defesa, o livro trata de um assunto importante para quem se dispõe a trabalhar com grandes grupos: Liderança. Dialogando com a teoria da complexidade, e trazendo em sua referência bibliográfica autores como Maturana, Edgar Morin, Nietzsche, Heidegger e Husserl, o livro merece ser lido com toda a calma do mundo. Embora eu sendo um crítico a formação de ícones e de seguidores, os quais fazem leituras e transposições mecânicas sem o menor rigor crítico, entendo que os livros citados são bons livros para dialogarmos com o futebol em outras dimensões.
                                    
 

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Café Filosófico na Univali

Uma das tarefas do projeto Iluminista era o esclarecimento e emancipação humana, retirando o Homem da condição de menoridade intelectual, e através da razão promover o progresso e as condições plenas de vida na terra. O projeto foi invertido, a emancipação e instrumentalidade técnica prometidos ficou apenas na instrumentalidade técnica. "A terra totalmente esclarecida resplandece sob o signo de uma calamidade triunfal", escreviam Adorno e Horkheimer. Talvez o melhor serviço que o esclarecimento possa prestar a si póprio seja sua auto-avaliação e reflexão, escreviam os frankfurtinos.
Nos propomos nesta sexta-feira á noite a aquecermos o pensamento, desenferrujarmos os sentidos e a capacidade de percepção da estética. Entre música, dança, poesia, fotos e boas reflexões teóricas, realizamos nosso primeiro café filosófico, com o tema: "Educacão Física e filosofia; que história é essa?". Entendemos dessa forma ter contribuido por um instante que seja, com a possibilidade de sairmos da "caverna" e vermos que existe luz e vida real "lá fora". Em seguida postaremos as fotos.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Entrevista com o Físico Amit Goswami


Estamos retomando. O Ano novo começando e muitos assuntos passarão por aqui. Para começarmos então a “movimentação” deste blog, retomo a uma entrevista antiga (na verdade não muito antiga assim) acontecida em agosto de 2007, no programa “Roda Viva”, da TV Cultura onde o entrevistado é o físico indiano Amit Goswami, estudioso da física quântica, e um dos participantes do filme "Quem somos nós?". No decorrer da entrevista, surge uma pergunta do professor da UNESP, colocando-lhe que suas teorias da física quântica e por conseqüência sua concepção de “novo paradigma”, não se apresenta ao debate da comunidade cientifica, e que são muito pouco citadas e utilizadas em obras científicas, não proporcionando assim o necessário debate para o crescimento da ciência. Segue abaixo parte da pergunta e a sábia resposta do físico.

Mauricio Tuffani - UNESP
- (...) O senhor publicou 9 artigos sobre estes temas...e estes 9 artigos tiveram apenas 46 citações em todo mundo, muitas vezes citações do senhor próprio, e de pessoas que são ligadas ao senhor, não se trata então de um assunto com repercussão na comunidade cientifica..a gente não vê um debate e me parece que lendo seus livros, os pontos considerados polêmicos não são devidamente explorados em seus livros, a ciência evolui em função de debates, em controvérsias, mas examinando suas obras – apesar de suas teses serem heterodoxas, parecem que pontos polêmicos como por exemplo...Einsten, o senhor cita muito o Einsten, mas  ele é um homem que gastou as três ultimas décadas combatendo a mecânica quântica e isto baseado numa compreensão que ele tinha do universo e deus particularmente e este é um ponto que o senhor não explora muito, assim como tantos outros...isto não incomoda o senhor, o fato de não haver o devido confronto de idéias na sua obra?

Amit Goswami
Eu agradeço a pergunta. Infelizmente o confronto não é o estilo recomendado pela visão de mundo que tenho. E a visão de mundo que explica a física quântica, e que agora parece explicar muitos fenômenos inexplicáveis e que nem mesmo podem ser abordados pela visão de mundo materialista. Esta é uma abordagem muito amigável, inclusive. Eu não acho que bater de frente em debates com cientistas específicos fará alguma coisa a favor da nossa causa de mudança de paradigma. O paradigma será mudado a partir de peso de evidencias a favor dele. Atualmente, o que nos ajuda muito é que temos aplicações praticas na área da medicina, da psicologia...Infelizmente eu acho que você não consultou quantas  vezes minha obra é citada em trabalhos de psicólogo, de profissionais da saúde e de outros ainda, não pertencentes ás ciências puras. Sim, é verdade que, aqueles das ciências puras, os físicos, os químicos e até mesmo os biólogos preferem oferecer a chamada “negligência benigna”. Eles não se envolvem com essa questão, pois, se o fizerem, acabarão por dar-me maior publicidade, algo considerado por eles prejudicial a sua causa. Então, deixar que vivam do modo deles e nós do nosso é agora a melhor abordagem. Ciência alternativa. Estamos desenvolvendo um paradigma de uma ciência alternativa, estamos desenvolvendo respostas alternativas ás questões que a ciência comum, a ciência materialista, não consegue tratar. Estamos oferecendo às pessoas respostas viáveis, como a validade da medicina alternativa, da psicologia transpessoal, da espiritualidade e do ioga. Deixemos que esses usos se tornem um lugar comum entre as pessoas, e que possam servi-las. A ciência, em última instância, serve pessoas. Se as pessoas são servidas, passará a haver um movimento popular espontâneo partindo das bases, no qual as pessoas se perguntarão “Qual ciência preferimos?”. Qual delas serve a nossa vida cotidiana, e qual lida cada vez mais com questões esotéricas como “quantos anjos podem dançar sobre um alfinete?”. A física das partículas elementares não foge muito disso. Quem se importa com o que acontece a temperaturas extremamente altas, que raramente verificamos, mesmo na totalidade do universo, com exceção dos primeiros poucos micro, micro, microssegundos do universo? Mas a gente consome mais tempo e recursos nesses tipos de questão do que pensando em como nos curar quando somos portadores de um câncer incurável. Estas são as questões com as quais a nova ciência pode lidar. E é muito mais importante se preocupar em responder as questões importantes para as pessoas do que entrar em debates inúteis com outros cientistas. Eles são apenas pessoas normais, com seus preconceitos, como eu tenho os meus. Essa não é a melhor forma de fazer ciência. Você desenvolve teorias, e estas são testadas em experimentos laboratoriais, como aqueles já descritos por mim. Essas coisas falam muito mais pela nova ciência, e atualmente as evidencias estão aumentando como nunca. Temos novas teorias da evolução, que funcionam e explicam as lacunas fósseis. Temos a cura quântica e o fenômeno que Deepak Chopra descreveu. Existem evidencias enormes de que ocorre a cura quântica, os saltos quânticos, nos quais a consciência opta pela saúde no lugar da morte.

Programa exibido em 27/08/2007.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Galos, noites e quintais

Tem uma música do cantor Belchior (que admiro bastante e por casualidade eu estava escutando agora), que tem o nome do título acima; por isso talvez o título deste texto. Na verdade eu achava que a musica poderia ter um outro título. O escolhido parecia (no meu entender), que “nada” tinha a ver com coisa alguma, embora estas três palavras aparecessem na música, e mais tarde entendi melhor. Pois bem este pequeno texto também parece que o “nada” ter a ver com coisa alguma. Por isso a analogia do título com que vou escrever.
Hoje num churrasco com amigos, conversávamos sobre a reprovação de uma menina na disciplina de matemática na escola da qual eu participo com um projeto chamado “Mais Educação”. Até então, reprovar em matemática no ensino fundamental parece não ser assim alguma coisa fora do comum, ainda que esta reprovação seja no último ano do ensino fundamental.
O fora do comum, foi os professores estarem re-pre-ocupados com a situação. Isto mesmo...re-pre-ocupados ( conforme Paulo Freire precisamos aprender a re-inventar as palavras). Estavam ocupados novamente com a questão, e/ou com o problema da menina. Primeiro não é muito normal numa festa de churrasco as pessoas estarem discutindo “problemas alheios”, quando o propósito da reunião passa a ser o des-stress de um ano atarefado. Segundo, que discutir nota de aluno depois do fato consumado também não é uma situação corriqueira. O diferencial neste caso, é que os professores por estarem trabalhando em um contexto diferenciado, envolvem-se mais com as questões coletivas.
A menina em questão, foi reprovada em matemática por não “saber” subtrair numa conta de 3 dígitos. Até então, para olhares menos atentos, fez-se justiça. A escola é o local por excelência para decorar-se fórmulas, datas, palavras e frases feitas. Não decorou....não passou! O interessante nisto tudo, se é que podemos achar alguma coisa interessante neste fato, é que a menina trabalha com vendas. Ora, me veio logo a pergunta...como ela lida com dinheiro? Como ela faz troco? Penso existirem duas escolas; uma de saberes pragmáticos (escola formal), outra de sabedoria (escola da vida), o que serve pra uma não serve para a outra. Uma exige conhecimento, a outra exige sabedoria. Como dizer que alguém não sabe matemática utilizando-a diariamente? Que tipo de escola queremos. A que constrói saberes ou a que esquadrinha pensamentos? Esta semana numa conversa com um trabalhador de construção civil, eu perguntava para ele, como eu saberia o comprimento de uma madeira num espaço de 3 metros mas com inclinação de 30graus resultando isto numa altura de 1,10metros acima do nível. Ele me falou que a fórmula ele não sabia, mas pediu para eu marcar 1,10 metros na parede, sendo o nível zero o chão, e depois esticar a fita até 3 metros. Feito isto bastava eu novamente colocar a fita na ponta do 1,10 metros e estica-la novamente até os 3 metros. Pronto, 3,20 metros, este seria o tamanho do caibro de madeira.
Sem ter o conhecimento da fórmula, estava ele aplicando de forma prática, a teoria de Pitágoras, “a soma dos quadrados dos catetos é igual a hipotenusa”. Algum tempo atrás, eu também teria lido numa destas revistas de Educação e Escola, sobre a reprovação de um aluno na disciplina de Educação Física por não ter atingido os objetivos num teste de coordenação motora. Bom, a questão também passaria despercebida se o dito aluno, não fosse um dos tocadores de tambores no Olodum, onde os malabarismos com os tambores e com a dança não exigissem uma coordenação por demais avançada.
Galos, noites e quintais...o que tem este texto a ver com este blog....com o esporte e com o futebol? Trago aqui esta reflexão por me ver ainda absorvido inteiramente num ambiente em que o pensar foi trocado por uma racionalidade técnica instrumental. Este ambiente é a sociedade, é o ensino escolar, é a maquina burocrática (expressão maior deste processo) e também o ensino dos esportes/futebol.
Ensina-se o fazer como uma mera prática, desconectado do por que, onde e quando. A instrumentalização da racionalidade descambou para o pragmatismo irracional. O fazer por fazer, o automatismo, a incapacidade de pensar por conta própria. É o aprender que raramente se traduz num aprender para a vida. É o aprender encarcerado em gestos ou fórmulas, dá no mesmo. Esta é a critica que trago ao ensino do futebol, que irei paulatinamente colocando neste espaço alguns fragmentos destas discussões. 
“(...) eu era alegre como um rio,
Um bicho, um bando de pardais
Como um galo, quando havia
Quando havia galos noites e quintais
Mas veio o tempo negro e a força fez
Comigo o mal que a força sempre faz (...)”

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Acontecendo....

Vale conferir nos dias 15 e 16 de dezembro este Simpósio de futebol promovido pelo Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem da UFSC, coordenado pela Prof. Carmem Silvia Rial. Toda a programação está disponível no link abaixo.


 http://navi.paginas.ufsc.br/eventos/simposio-sobre-futebol-espetaculo-e-corporalidade/

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Futebol, filosofia e paixão.

“Sonho melancólico de Ulisses, que seguia saudoso de sua verde Ítaca, perseguindo uma felicidade deixada no passado, cujo significado é a imagem da felicidade como fim da tensão, do sofrimento, da perda e da morte: volta do exílio (...), reconciliação do homem consigo mesmo, da natureza com a história”. Olgária Matos – Os sentidos da Paixão .  

Sempre imaginei a possibilidade do futebol e da filosofia andarem bem próximos. Penso que uma boa discussão sobre futebol possa vir acompanhada também de uma boa reflexão filosófica. Afirmo isto, mas não vejo que necessariamente exista uma forma exclusiva de pensar filosoficamente como dei a entender na frase anterior. O simples ato de pensar e questionar já passa a ser a filosofia em si.
Embora este blog tenha sido criado com a intenção de discutirmos futebol, alguns temas ligados à filosofia em seu sentido mais amplo, também passarão por ele.
Existem dois momentos (entre vários) da filosofia que muito me atraem; o primeiro deles, é este viés crítico/reflexivo, que nos instiga a desenvolver quase sempre uma análise mais minuciosa das coisas. O outro, passa a ser uma das categorias de análise com que a filosofia se depara por um longo tempo. Entre a ética, a estética, o bem, o belo, uma das mais fascinantes categorias que a filosofia se debruça, é sobre o amor e as paixões.
Esta semana arrumando (ou desarrumando) algumas coisas, (necessidades da vida), passei os olhos novamente por um belo texto que li algum tempo atrás e que era “passagem obrigatória” para meus alunos na Universidade. Falo do texto de Olgária Matos – A melancolia de Ulisses – escrito no livro Os sentidos da paixão, organizado por Adauto Novaes. Neste texto, a autora dialoga com o tema da melancolia e das paixões sob a luz do conceito da Dialética do Esclarecimento de Adorno e Horkheimer. Passagens como “(...) o amor está associado à veneração do ser que o desperta. E mais, o amor comporta o abandono do amante ao amado e, consequentemente, um momento de não domínio por parte do sujeito”, são trechos interessantes para serem lidos, re-lidos...e lidos novamente. Comendo pipoca e tomando chimarrão. O livro como um todo, merece uma atenção especial, e este texto da Olgária Matos, é imperdível.
O que tem isto a ver com o futebol, e com este blog? Bem....não faço ligações lineares, mas não podemos negar que o futebol enquanto fenômeno, também se movimenta pelo viés das paixões. Quanto a mim, me considero um apaixonado sem reconhecimento. "(...) quem ama não tem o direito de determinar o que o amado vai fazer com este amor". Fica a dica...boa leitura!
    

sábado, 20 de novembro de 2010

Faz algum tempo que venho acompanhando as discussões que estão ocorrendo no futebol, principalmente no que diz respeito às concepções metodológicas do processo de treinamento. É uma discussão nova no futebol, até bem pouco tempo atrás, não se falava em periodização tática, muito menos em teoria da complexidade ou pensamento sistêmico. Em minha dissertação de mestrado defendida em 2001 (em seguida vou colocar aqui alguns fragmentos deste trabalho), apontei algumas críticas ao pensamento técnico-instrumental, com isto também fagmentado e cartesiano que dominavam e ainda dominam o pensamento hegemônico no que diz respeito aos processos de ensino/treino do futebol. Creio que o grande passo dado no futebol brasileiro nesta discussão, começou no sitio Universidade do Futebol, e particularmente com o professor João Paulo Medina e alguns colaboradores. Venho defendendo ja faz algum tempo, que a Educação Física e os esportes, no caso aqui o futebol, precisam dialogar com outras áreas de conhecimentos, (filosofia, sociologia, pedagogia, antropologia), ou seremos eternamente o senso comum com diploma na parede. Venho escrevendo tudo isto, porque tive a felicidade de ver terminado esta semana o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) do acadêmico Lucas Klein, orientado pelo professor Paulo Capela, e co-orientado por mim. O diferencial no trabalho do Lucas, passa a ser o diálogo que ele estabelece principalmente com a pedagogia, a partir de textos de Paulo Freire e Madalena Freire, o que considero importante se quisermos discutir com propriedade e com a seriedade que merece, a questão referente ao processo pedagógico do treinamento nos esportes. Falarmos em registro, avaliação e mediação educacional no mundo dos esportes, são conceitos estranhos, pois nos cursos de Educação Física atualmente divididos de forma equivocada em Licenciatura e Bacharelado, estudar de forma aprofundada pedagogia, parece ser tarefa somente da Licenciatura, pra quem vai dar aula em escola, pois quem trabalha com esporte só precisa saber da fisiologia, da biologia, da anatomia, e da apropriação técnica dos fundamentos do treinamento desportivo. Entende-se não haver processo pedagógico no ato de treinar uma equipe no seu dia-a-dia, ou num treinamento de atleta, ou ainda numa acadêmia de musculação. Lucas ainda não defendeu seu trabalho, mas fica aqui meus parabéns a ele pelo empenho que teve na elaboraçãodo mesmo.

sábado, 13 de novembro de 2010

Sugestões de livros

Tem alguns livros e seus autores, que são simplesmente extraordinários. Se quisermos entrar a fundo nas discussões referentes ao materialismo, mecanicismo e outras reflexões que inclusive permeiam atualmente as discussões no futebol, principalmente no que tange às criticas feitas ao próprio mecanicismo, vale a pena ler (embora isto não seja penuria nenhuma) os livros indicados a seguir. No futebol por diversas vezes paramos em modismos e palavras, sem aprofundarmos nos conceitos em si. O discurso da moda atualmente é o cartesianismo e Descartes, e a crítica ao mecanicismo. Concordo com as críticas e com a nova evolução do pensamento. Desde de minha dissertação defendida em 2000 (A transformação do futebol brasileiro: avanços e recuos na modernização e repercussões nas categorias de base), apontei  algumas críticas ao pensamento técnico-instrumental, e com isto também ao pensamento mecanico que permeavam o ensino dos esportes. Mas precisamos avançar e aprofundar nas reflexões e conceitos, o que poucos tem feito atualmente. O grande físico Amit Goswami, assim como Fritjof Capra, vem nos oferecendo inúmeras publicações que são no mínimo interessantes para pensarmos toda esta questão de pensamento sistêmico, ou complexo.

ESTAMOS COMEÇANDO

Aos nossos amigos, estamos iniciando nosso blog. Pretendemos que aqui seja um espaço de discussão, reflexão e troca de idéias sobre o futebol. Indicações de livros, textos e algumas matérias pertinentes ao tema estarão postados aqui. Estamos começando.