sábado, 20 de novembro de 2010

Faz algum tempo que venho acompanhando as discussões que estão ocorrendo no futebol, principalmente no que diz respeito às concepções metodológicas do processo de treinamento. É uma discussão nova no futebol, até bem pouco tempo atrás, não se falava em periodização tática, muito menos em teoria da complexidade ou pensamento sistêmico. Em minha dissertação de mestrado defendida em 2001 (em seguida vou colocar aqui alguns fragmentos deste trabalho), apontei algumas críticas ao pensamento técnico-instrumental, com isto também fagmentado e cartesiano que dominavam e ainda dominam o pensamento hegemônico no que diz respeito aos processos de ensino/treino do futebol. Creio que o grande passo dado no futebol brasileiro nesta discussão, começou no sitio Universidade do Futebol, e particularmente com o professor João Paulo Medina e alguns colaboradores. Venho defendendo ja faz algum tempo, que a Educação Física e os esportes, no caso aqui o futebol, precisam dialogar com outras áreas de conhecimentos, (filosofia, sociologia, pedagogia, antropologia), ou seremos eternamente o senso comum com diploma na parede. Venho escrevendo tudo isto, porque tive a felicidade de ver terminado esta semana o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) do acadêmico Lucas Klein, orientado pelo professor Paulo Capela, e co-orientado por mim. O diferencial no trabalho do Lucas, passa a ser o diálogo que ele estabelece principalmente com a pedagogia, a partir de textos de Paulo Freire e Madalena Freire, o que considero importante se quisermos discutir com propriedade e com a seriedade que merece, a questão referente ao processo pedagógico do treinamento nos esportes. Falarmos em registro, avaliação e mediação educacional no mundo dos esportes, são conceitos estranhos, pois nos cursos de Educação Física atualmente divididos de forma equivocada em Licenciatura e Bacharelado, estudar de forma aprofundada pedagogia, parece ser tarefa somente da Licenciatura, pra quem vai dar aula em escola, pois quem trabalha com esporte só precisa saber da fisiologia, da biologia, da anatomia, e da apropriação técnica dos fundamentos do treinamento desportivo. Entende-se não haver processo pedagógico no ato de treinar uma equipe no seu dia-a-dia, ou num treinamento de atleta, ou ainda numa acadêmia de musculação. Lucas ainda não defendeu seu trabalho, mas fica aqui meus parabéns a ele pelo empenho que teve na elaboraçãodo mesmo.

sábado, 13 de novembro de 2010

Sugestões de livros

Tem alguns livros e seus autores, que são simplesmente extraordinários. Se quisermos entrar a fundo nas discussões referentes ao materialismo, mecanicismo e outras reflexões que inclusive permeiam atualmente as discussões no futebol, principalmente no que tange às criticas feitas ao próprio mecanicismo, vale a pena ler (embora isto não seja penuria nenhuma) os livros indicados a seguir. No futebol por diversas vezes paramos em modismos e palavras, sem aprofundarmos nos conceitos em si. O discurso da moda atualmente é o cartesianismo e Descartes, e a crítica ao mecanicismo. Concordo com as críticas e com a nova evolução do pensamento. Desde de minha dissertação defendida em 2000 (A transformação do futebol brasileiro: avanços e recuos na modernização e repercussões nas categorias de base), apontei  algumas críticas ao pensamento técnico-instrumental, e com isto também ao pensamento mecanico que permeavam o ensino dos esportes. Mas precisamos avançar e aprofundar nas reflexões e conceitos, o que poucos tem feito atualmente. O grande físico Amit Goswami, assim como Fritjof Capra, vem nos oferecendo inúmeras publicações que são no mínimo interessantes para pensarmos toda esta questão de pensamento sistêmico, ou complexo.

ESTAMOS COMEÇANDO

Aos nossos amigos, estamos iniciando nosso blog. Pretendemos que aqui seja um espaço de discussão, reflexão e troca de idéias sobre o futebol. Indicações de livros, textos e algumas matérias pertinentes ao tema estarão postados aqui. Estamos começando.